sábado, agosto 12, 2006

Contratos Verbais

Eu tinha me esquecido de um dos melhores aspectos da infância. Os "contratos verbais". Eram puros, simples, e estava sendo encenado bem na minha frente.
Domingo passado, no aniversário do meu avô, minhas duas priminhas (Amanda, de 5 anos, e Vitória, de apenas 3) brigaram por um punhado de balas.
Simplesmente, a Amanda virou uma hora para a Virória e disse: "Se você não me der uma bala, não é mais minha prima."
Ah, as leis que governam os pequenos...
Enquanto para um adulto "você não é mais minha prima" pode parecer bobo, para uma criança de cinco anos é um assunto seríssimo.
Foi uma ameaça real, e funcionou! A Vitória cuspiu algumas balas instantaneamente.
Você não pode deixar de admirar a simplicidade do sistema legal infantil. Sem advogados, sem papelada. Só palavras.
Você pode estar jogando futebol e tem uma bola novinha, que custou 50 reais. Antes do jogo começar, você grita: "Olha que a bola é minha, pessoal!"
Pronto, sua bola está segura.
Papai vai levar a garotada no cinema. Sem perder um segundo, você grita: "Vou na frente, primeirão!"
Assim, você entra no carro sem pressa, preocupado somente com que filme vai ver, se é "Chicken Little" ou o novo da Eliana...
E não podemos esquecer do "não tem volta", a formação definitiva de um compromisso.
Você quer o pão de queijo do seu amigo e o convence a trocá-lo pela sua banana. Você faz a troca. Quando a troca está completa, você grita na cara dele: "Não tem volta!"
Segundos depois, ele vê que a banana está toda amassada e que cometeu um erro terível, e quer o pão de queijo de volta.
TARDE DEMAIS!
O contrato é definitivo: Não tem volta.
O menino chora...
Ah, se tivéssemos esse mesmo sistema entre adultos!
Simples, puro e barato.
Seria maravilhoso ficar livre de toda aquela burocracia, mas por outro lado, imagine com as taxas de divórcio aumentariam se só precisássemos dizer:
"Você não é mais minha mulher."
Por outro lado, você tomaria mais cuidado se ela só precisasse dizer:
"Primeirona em todo seu dinheiro"...

9 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, tô boba Quinho!
Vc escreve MUITO bem!
Gostei muito do texto!
Tô com saudades!
;**

Anônimo disse...

eh mesmoo,vendo o comentario ai d cima,vc escrevee mtoooo bem mesmooo...mtoo legalll...
^^

Bruno disse...

opa, faltou um "r" no "terível" ahahahaha

Leósias disse...

è Quinho, bem vindo ao clune dos emotivos...

Mário Henrique disse...

Isso só prova que quem complica as coisas somos nós.

Curti o texto... boa idéia, bem trabalhada... faltou uma revisãozinha aí, não?

jan disse...

E, como em todo contrato verbal, um "Me desculpa?" soa muito mais verdadeiro...

Anônimo disse...

ahhhh eu naum sou mais sua mulher??? hauhauhuahua zuera muleke... c escreve beim pra kralho, eh isso msm cara... os contratos verbais da infancia eram mto melhores doq os d gente grande =P

flw ai muleke... bjundas, t amo! se cuida!

Anônimo disse...

karaleoooooo
ta virando o mario 2 rsrs
filosofando desse jeito!! kk
q comicoo!!
manooo to morrendo de saudades de vc!!
apesar de vc ter me dado o bolo!! kkk
Bjosssssssss

Anônimo disse...

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