quarta-feira, agosto 23, 2006

Mama mia!

Acabei de voltar da casa da minha "nona" (vovó, pra quem não tem família italiana), e como sempre, volto com uma mala cheia de comida.
Ah, a nona, cujo mundo gira em torno de comida. Que acredita que qualquer problema pode ser resolvido com comida.
Quando vou visitar meus "nonos", é sempre a mesma coisa. Eu me levanto da mesa, ponho meu casaco, me encaminho para a porta, e ela não desiste. Aparece com um potinho cheio de comida pra viagem.
E elas são rápidas, essas "nonas". Elas chegam à porta antes de você. São profissionais de fast food.
"Leve isso"
"Vó, por favor...eu só vou levar o lixo pra fora"
"Mas leve isso, mesmo assim. Olha só, a lixeira é muito longe. Você pode querer fazer uma boquinha."
Desde que me entendo por gente, ela é assim. Eu e meus primos criamos táticas de batalha para situações gastronômicas.
Quer um pouco mais? Diga a ela que não quer mais.
Quer muito mais? Diga que quer um pouco.
Não quer mais? Aí você vai ter que matar a velha. Ou, pelo menos, ameaçar.
Qualquer coisa que você tente, faça rápido. Não hesite. Assim que você sentir que já comeu demais, levante-se e anuncie a todos em voz alta: "Acabei". Em seguida, saque uma arma de dentro da calça.
"Bota de volta na travessa aí, nona...Isso. Caladinha, Agora, quietinha, vai passando a colher pro Bruno. Isso aí, iiiissssoooo..."
"ELA TEM TRÊS ALCAPARRAS NO BOLSO DA BLUSA!!!"
Atire. Você vai ter que atirar. E tem que ser de primeira. Não pode ser de raspão, senão ela ainda vai ter tempo de enfiar umas batatinhas coradas na sua boca, pois com esse golpe, ela se defende e ao mesmo tempo continua empanzinando você de comida.
Ela vai continuar vindo em sua direção, mesmo baleada. Nada poderá contê-la. Ela não vai simplesmente cair no chão. Antes, terá tempode passar uma travessa de nhoque para a minha tia. Tem sempre uma tia gorda na sua retaguarda.
"Segura isso, Lucia! Ele está em fase de crescimento! Bote umas panquequinhas com esse nhoque, porque minha hora chegou..."

10 comentários:

Anônimo disse...

hehehehehhehehe
q engracadoooooo...
ta certa ela,tem q faze tdo mundoo come bemm =]
q bunitinhaaaa ^^
e vcs fazendo planinhosss
bjinhusssss

Mário Henrique disse...

Plagio...

E você achou que ninguém ia perceber.

Bruno disse...

plágio de?

Anônimo disse...

Oooooooooooooolha!! O Quinho tb escreve!! :)

Bacana dps de tanto tempo sem falar ctg ainda descobrir que você gosta de escrever !! :)

Visitarei o blog mais vezes! ;)

Bjinho

Mário Henrique disse...

Não, ele não escreve, ele copia.

O texto dele é um monologo (standup comedy) clássico de Ray Romano, que já foi inclusive apresentado no Festival de Comédia de Montreal, o Just For Laughs, que passa no Multishow. Por ironia do destino, esse monologo foi publicado no livro "Everything and a Kite", como o nome de "Food" (capítulo 14 pra quem quiser conferir.

Deus abençõe o Google e a Amazon, que deixa você fuçar dentro dos livros dela.

Comparem.


O original:

"You want a little? Tell her you want no more.
You want a lot more? Tell her you want a little.
You don't want any more? You have to shoot her.
That's right, I said it! You have to shoot the woman. Or at least threaten.
Whatever you do, do it quick. Don't hesitate. As soon as you feel you've had enough to eat, just stand up and announce, "I'm done". Then pull a gun out of your vest pocket"


Todash:

"Quer um pouco mais? Diga a ela que não quer mais.
Quer muito mais? Diga que quer um pouco.
Não quer mais? Aí você vai ter que matar a velha. Ou, pelo menos, ameaçar.
Qualquer coisa que você tente, faça rápido. Não hesite. Assim que você sentir que já comeu demais, levante-se e anuncie a todos em voz alta: 'Acabei'. Em seguida, saque uma arma de dentro da calça."


Mas Todash é isso mesmo, parece real, mas não é.

Fui cruel, né? É, eu sei. Sou cuzão por natureza.

Bruno disse...

bizarro, e eu tenho esse livro...
A idéia veio realmente de um primo meu, com todas as palavras...peguei a sua idéia, mas meu primo pode ter tirado isso do livro do Ray...
Vou dar uma olhada nesse livro...

Mário Henrique disse...

Sim, sr O.J., você não matou sua mulher. Foi tudo uma coincidência.

bizarro, né?

Bruno disse...

é...
não acredite...suit yourself

Anônimo disse...

Ah... eu vou ficar quieto. É melhor...

tOk disse...

Muito bonito isso tudo, vocês só esqueceram de dizer uma coisa, que talvez justifique a querela toda:

"Everybody loves Raymond"!!!